terça-feira, 13 de maio de 2008

Z.É (Zenas Emprovisadas) toda terça no teatro João Caetano no RJ

Patrícia Duarte


O projeto Zenas Emprovisadas (Z.É.), é sobretudo um espetáculo de humor. Possui um elenco fixo de atores, como:Fernando Caruso, Gregório Duvivier, Marcelo Adnet e Rafael Queiroga. A peça consiste em cenas que são improvisadas na hora pelos atores, fazendo com que cada espetáculo seja único e muito divertido.O público interage com os atores, propondo idéias de cenas, na qual eles terão que interpretar. O espetáculo é divido em três partes.

A primeira parte consiste em uma cena de humor, a única coisa ensaidada de toda a peça.A cena tem três serventias básicas: aquecer a platéia para a comédia; garantir que pelo menos alguma coisa dentro do espetáculo vai funcionar dentro do previsto e apresentar o ator convidado da semana em papel de destaque. Na segunda parte,Um professor convidado dará uma aula de improvisação para os quatro atores e o convidado, somente com exercícios práticos, elaborados por ele, através de seus métodos particulares de ensino. Os atores não tem conhecimento do que os esperava nessa cena, pois ela não é ensaiada.A terceira parte consiste nos jogos, feitos pelo professor, e antes escolhidos pelo elenco do espetáculo e aprovado pelo diretor geral.

Nesses jogos, a ambientação, tema e personagens (dependendo do exercício) são sugeridos pela platéia (em cena ou antes do espetáculo começar, dependendo do exercício). Essa estrutura se mantém em todas as apresentações, mudando apenas o esquete a ser apresentado, o professor e o ator convidados, e o resultado dos jogos da terceira parte, por decorrência das sugestões da platéia."Numa noite de insônia, levantei às 3 da manhã e escrevi o tal projeto. Mas como eu nunca tinha escrito um projeto na vida, achei que era uma loucura e engavetei-o para todo o sempre.Tempos depois, marquei uma reunião com o Rafael Queiroga e Gregório Duvivier (dois infelizes que eu catei na sarjeta e devem tudo que são a mim), ambos crias do Tablado como eu, para montarmos uma peça com nossos esquetes preferidos. Começamos a reunião escolhendo os esquetes, buscando uma chance de montar algo com o nosso tipo de humor (muito influenciado por Monty Python) – um tipo de humor não tínhamos a oportunidade de fazer nem de ver em outros lugares.Ficamos de blábláblá até às três da manhã, quando, indo comer no Bobs, alguém falou “a gente podia esquecer tudo isso e fazer um negócio que nem Whose Line Is It, Anyway? (programa de improvisação que passa na Sony)” e eu falei “Carácoles! Eu já tenho um projeto pra isso”. Reiniciamos a reunião, eu carreguei meu caderno para a Lanchonete, mostrei o projeto pra eles e dei as folhas para o Rafael Queiroga (que em seguida as queimou como se de um crime fossem provas) para que ele batesse o projeto definitivo. Escolhemos os jogos, e começamos a treinar." Fernando Caruso, explicando como nasceu o Z.É.

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