Este ano, um dos mais festejados e comentados aniversários é de um gênero musical: a Bossa Nova faz cinqüenta anos.
Você, com quase toda certeza, ainda não era nascido, mas conhece (agora com toda a certeza) alguma música dessa turma como "Garota de Ipanema" ou "Águas de março". É um dos gêneros mais gravados até hoje, com o maior número de versões. É tema de livros e estudos, trilha sonora de um sem número de filmes, novelas e histórias de amor e foi o berço de grandes nomes da nossa história musical. Os maiores ícones atendiam pelos nomes de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nara Leão e João Gilberto - este ainda fazendo (raros) shows até hoje - e até o "Rei" Roberto Carlos passou por ela.
A origem do nome de batismo ninguém sabe muito bem, passa de uma música de Noel Rosa dos anos 30 a um engraxate até chegar a Roberto Menescal. Este conta que foi fazer um show com a cantora Sylvia Telles e ao ser indagado sobre o nome da banda respondeu "Bossa Nova".
O que se ouve é que tudo começou numa reunião no apartamento de Nara Leão na zona sul do Rio de Janeiro em meados dos anos 50; apesar disso, o que define a data de aniversário é o lançamento dos compactos "Canção do amor demais" em que Elizeth Cardoso canta músicas de Tom e Vinícius e "Chega de saudade" de João Gilberto, em 1958.
Nesta época, o Brasil vivia "os anos dourados" e a Bossa Nova ajudou a acabar com o complexo da juventude de que nós éramos um país inferior; era muito mais que letras bobinhas e gatinhas de biquinis na praia de Ipanema.
É uma história comprida para ser tão resumida e com personagens ricos e interessantes, que, ainda que não mais presentes, merecem todas as homenagens.
Saiba um pouco mais sobre a história da Bossa Nova:
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