quinta-feira, 24 de abril de 2008

Meio século de Bossa - Uma pergunta

Renata Roxo

A Bossa Nova, em seus cinqüenta anos, reúne uma vastidão de histórias, personagens, gêneros musicais surgidos a partir dela. O escritor Ruy Castro passou dois anos pesquisando todas estas vertentes antes de conseguir lançar o livro "Chega de Saudade" (Cia. das Letras, 1990), tido como a melhor biografia existente da Bossa; aqui neste blog, isso não será possível.

No decorrer das matérias, uma pergunta surgiu:
A música brasileira seria a mesma se não existisse a Bossa Nova?
Fomos atrás de quem pudesse respondê-la.

O escritor e estudioso da Música Popular Brasileira, Renato Vivacqua, é membro do Clube da Bossa Nova de Brasília e é contra os que colocam a Bossa como divisor de aguas da MPB. Segundo ele, "O nosso cancioneiro popular sempre foi muito rico antes mesmo de 1958. A Bossa Nova durou pouco em razão (segundo depoimento de seus principais vultos ainda vivos) de ter se tornado um modismo e com isso foi invadida por um enxame de picaretas incompetentes que a desvalorizaram." Para ele "A Bossa Nova foi oportuna numa época de colonialismo musical, tendo valorizado muito o instrumentista então relegado. Mas, sem dúvida abriu os olhos do mundo para nós."

Já o músico e compositor Toquinho, que foi parceiro do ícone Vinícius de Moraes, acha que "Não só a música brasileira, mas o universo musical não seria o mesmo se não tivesse recebido as influências renovadoras da Bossa Nova, que conquista gerações a cada novo impacto provocado por suas características."

Ao escrever sobre a Bossa e comemorar também os seus 50 anos, este blog assume a importância que ela teve e tem para a música popular brasileira, que é um assunto a ser conhecido, estudado, que merece ser ouvido, mas prefere deixar a opinião a seu cargo;criamos uma comunidade no site de relacionamentos Orkut, onde você pode dar a sua resposta à esta pergunta também.

Participe!
Bossa Nova - A Enquete

Ruy Castro
Renato Vivacqua
Toquinho

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